Como funciona uma usina nuclear

Postado por Café com Física 14:40

A Usina Nuclear é uma instalação industrial que tem por finalidade produzir energia elétrica a partir de reações nucleares. As reações nucleares de elementos radioativos produzem uma grande quantidade de energia térmica. 

Geralmente, as usinas nucleares são construídas por um envoltório de contenção feito de ferro armado, concreto e aço, com a finalidade de proteger o reator nuclear de emitir radiações para o meio ambiente.

O elemento mais utilizado para a produção dessa energia é o urânio.

Fases de uma Usina Nuclear
Como mostra a figura abaixo, uma usina nuclear é formada basicamente por três fases, a primária, a secundária e a refrigeração.


Usina nuclear de Angra dos Reis

Inicialmente, o urânio é colocado no vaso de pressão. Com a fissão, há a produção de energia térmica. No sistema primário, a água é utilizada para resfriar o núcleo do reator nuclear.

No sistema secundário, a água aquecida pelo sistema primário transforma-se em vapor de água em um sistema chamado gerador de vapor. O vapor produzido no sistema secundário é aproveitado para movimentar a turbina de um gerador elétrico.

O vapor de água produzido no sistema secundário é então transformado em água através de um sistema de condensação, ou seja, através de um condensador que, por sua vez, é resfriado por um sistema de refrigeração de água. Esse sistema bombeia água do mar, água fria, através de circuitos de resfriamento que ficam dentro do condensador.

Por fim, a energia que é gerada através de todo o processo de fissão nuclear chega às residências por redes de distribuição de energia elétrica.
Por Domiciano Marques
Graduado em Física
Equipe Brasil Escola

Física Moderna

Postado por Café com Física 14:38
Albert Einstein foi um dos maiores cientista da história e da física moderna.No final do séc. XIX, cientistas de todo o mundo acreditavam que os conhecimentos sobre as leis físicas tinham chegado ao fim. Até então, as leis do eletromagnetismo, propostas por James Clerck Maxwell e Michael Faraday, eram consideradas o ponto final do conhecimento físico, e nada mais poderia ser descoberto na ciência da natureza.


 Albert Einstein foi um dos maiores cientista da história e da física moderna.

Mas no ano de 1900, Max Planck, tentando explicar os fenômenos da radiação térmica, revolucionou a física, apresentando a mecânica quântica.

Em 1905, Albert Einstein, um jovem e desconhecido físico alemão, publicou a Teoria Especial da Relatividade e a teoria do Efeito Fotoelétrico, que revolucionou a mentalidade científica para o estudo dos fenômenos atômicos.

Com o desenvolvimento da Mecânica Quântica, através dos trabalhos de Albert Einstein, Niels Bohr, Werner Heisenberg, Wolfgang Pauli, Erwin Schrödinger, entre outros, descobriu-se o comportamento dual dos elementos atômicos e das ondas eletromagnéticas, que ora se manifestavam como partículas, tendo massa e dimensões definidas, ora se manifestavam como ondas.

A física voltou-se para o mundo microscópico, onde passou a estudar os fenômenos subatômicos, que mais tarde possibilitou grandes avanços tecnológicos, como o desenvolvimento das telecomunicações, os avanços na eletrônica, e até mesmo uma explicação mais eficiente sobre a evolução do universo.

Livro: Física do Futebol

Postado por Café com Física 14:35

Quem faz parte do meu grupo de amigos no facebook recebeu meu convite para o lançamento do livro Física do Futebol que aconteceu aqui em São Paulo no último mês. Recebi o livro da Oficina de textos, que publica livros universitários e profissionais com o intuito de promover, consolidar e difundir Ciência e tecnologia brasileiras. 

 No curso de Física tive o privilégio de ser aluno da Professora Dra. Emico Okuno que em parceria com o também professor Dr. Marcos Duarte escreveram este belo livro. Sem dúvidas o que aprendi na sala de aula da professora Emico e lendo seus livros serão conhecimentos que levarei como referência por toda a vida.
O livro Física do Futebol conta com uma apresentação de Marcelo Gleiser e outra de Tostão. Este dois nomes deixam claro que o “Física do Futebol” é um livro único e indispensável, para os amantes da Física e do Futebol. Eu sou um destes que ama as duas atividades e estou adorando conhecer um pouco mais sobre os personagens e, assim, a história do futebol brasileiro, além de poder contar com uma prazerosa e eficaz ferramenta de trabalho. Com certeza levarei este livro para sala de aula!

Leiam a apresentação de Marcelo Gleiser para o Física do Futebol:

“Eu sempre costumo dizer que, para se ensinar Física ou Ciências em geral, o ideal é começar fora da sala de aula, mostrando aos alunos que Física trata do mundo em que vivem e não de fórmulas obscuras escritas no quadro-negro pelo professor. Daí que fiquei entusiasmado quando fui procurado para escrever uma breve apresentação do Física do Futebol, de Emico Okuno e Marcos Duarte, um texto desenhado para alunos do primeiro ano do ensino médio, que usa o futebol como trampolim para introduzir alguns dos conceitos básicos da mecânica.

Se você é um aluno começando o ensino médio, considere-se um sortudo; quisera eu ter tido uma abordagem dessas quando iniciei meus estudos da Física. Na época, a Física e as outras Ciências eram ensinadas sem o menor charme, todas só no quadro-negro, sem nenhuma tentativa de usar o mundo como sala de aula. Pois bem, neste livro vocês vão usar a grande paixão brasileira como sala de aula! Nada mal, já que o futebol e os outros esportes são laboratórios ideais para se aprender um pouco sobre como o mundo funciona. Só como comparação, nos Estados Unidos os alunos usam um livro que explora a física do beisebol, um esporte que, mesmo após viver aqui por quase trinta anos, acho incrivelmente chato.

É importante lembrar que os conceitos introduzidos neste livro, como movimento, força e as três leis de Newton, o importante conceito de energia – tão determinante no mundo moderno – e as propriedades dos fluidos, não ocorrem só num jogo de futebol. Fazem parte de como a Natureza opera em todos os níveis, de uma pelada com os amigos à mecânica do clima terrestre, das órbitas dos planetas e das luas do sistema solar à rotação da galáxia inteira! Essa é a beleza da ciência, que usa um punhado de idéias para explicar um monte de coisas sobre o mundo em que vivemos.

Após estudar o conteúdo deste livro, escrito de modo simples e claro, e usando inúmeros exemplos extraídos diretamente do campo de futebol, o aluno estará muito bem equipado para seguir em frente em sua exploração da Natureza. De quebra, se aprender mesmo as sutilezas de como um chute deforma uma bola, do tempo de reflexo necessário para tornar um pênalti indefensável, ou sobre a relação entre energia potencial gravitacional e cinética, o aluno que gostar de jogar futebol vai poder melhorar a sua técnica. Afinal, mesmo que a intuição, tanto no futebol quanto na ciência, ajude muito, quando aliada ao conhecimento e ao estudo ajuda muito mais.”

Átomo

Postado por Café com Física 06:42

Por Júlio César Lima Lira

O átomo é a menor partícula capaz de identificar um elemento químico e participar de uma reação química. O estudo do átomo se iniciou na Grécia antiga com o filósofo Leucipo e seu discípulo Demócrito: para eles, o átomo era o menor componente de toda a matéria existente. Sendo, então, impossível dividí-lo em partes menores.
Ao desenrolar da história, diversos cientistas e estudiosos tentaram definir o átomo quanto a sua forma, dando origem a diversas teorias sobre sua constituição física. Surgiram, então, os modelos atômicos.

Modelos Atômicos

Modelo de Dalton (bola de bilhar) – 1803

Para John Dalton, a teoria de Leucipo e Demócrito era bastante coerente. Segundo este modelo, os átomos eram as menores partículas possíveis, assumiam formas esféricas e possuíam massa semelhante caso fossem correspondentes ao mesmo elemento químico.

Modelo de Thomson (pudim de passas) – 1897

Através da descoberta do elétron (partícula constituinte do átomo com carga elétrica negativa), o modelo de Dalton ficou defasado. Assim, com os estudos de Thomson, um novo modelo foi idealizado.
De acordo com este novo modelo, o átomo era uma esfera maciça de carga elétrica positiva incrustada com elétrons. Tornando-se assim eletricamente neutro.

Modelo de Rutherford-Bohr (sistema planetário) – 1908/1910

Rutherford ao bombardear partículas alfa sobre uma lâmina de ouro percebeu que a maioria atravessava a lâmina. Enquanto que uma menor parte sofria pequeno desvio, e uma parte ínfima sofria grande desvio contrário à trajetória.
A partir desse experimento, foi possível perceber que os átomos não eram maciços como se pensava, mas dotados de grande espaço vazio. Assim como, que eram constituídos por um núcleo carregado positivamente e uma nuvem eletrônica carregada negativamente. Essa nuvem eletrônica era composta por elétrons que giravam em órbitas elípticas ao redor do núcleo (assim como os planetas ao redor do sol).
Também constatou-se que a maior parte da massa de um átomo se concentra no núcleo (que rebatia as partículas alfa no sentido contrário do bombardeio).
Mas ainda havia um enigma: De acordo com a teoria das ondas eletromagnéticas, os elétrons ao girarem em torno do núcleo perderiam gradualmente energia, começariam a descrever um movimento helicoidal, e simplesmente cairiam no núcleo. Mas, como isso pode acontecer se os átomos são estruturas estáveis?
Dois anos após Rutherford ter exposto o seu modelo atômico, Niels Bohr o aperfeiçoou. A teoria de Bohr pode ser fundamentada em três postulados:
1)      Os elétrons descrevem, ao redor do núcleo, órbitas circulares com energia fixa e determinada. Sendo denominadas órbitas estacionárias;
2)      Durante o movimento nas órbitas estacionárias, os elétrons não emitem energia espontaneamente;
3)      Quando um elétron recebe energia suficiente do meio externo, realiza um salto quântico: migra entre dois orbitais. E, como tende a voltar ao orbital inicial, a energia recebida é emitida na mesma quantidade para o meio. Sendo essa energia (recebida e emitida) a diferença energética entre os dois orbitais.
Apesar de bastante difundida no ensino médio, o modelo atômico de Rutherford-Bohr é, em parte, ineficiente. Pois:
  • Os elétrons, na prática, não realizam trajetórias circulares ou elípticas ao redor do núcleo;
  • Não deixa claro o porquê de os elétrons não perderem energia durante seu movimento;
  • Não explica a eletrosfera de átomos que possuem muitos elétrons.
Assim, o modelo atômico ideal está sendo obtido a cada dia em que se descobrem mais informações acerca da estrutura íntima da matéria.

Estrutura de um Átomo

Os átomos são compostos de, pelo menos, um próton e um elétron. Podendo apresentar nêutrons (na verdade, apenas o átomo de hidrogênio não possui nêutron: é apenas um elétron girando em torno de um próton).
  • Elétrons – Os elétrons são partículas de massa muito pequena (cerca de 1840 vezes menor que a massa do próton. Ou aproximadamente 9,1.10-28g) dotados de carga elétrica negativa: -1,6.10-19C. Movem-se muito rapidamente ao redor do núcleo atômico, gerando campos eletromagnéticos.
  • Prótons – Os prótons são partículas que, junto aos nêutrons, formam o núcleo atômico. Possuem carga positiva de mesmo valor absoluto que a carga dos elétrons; assim, um próton e um elétron tendem a se atrair eletricamente.
  • Nêutrons – Os nêutrons, junto aos prótons, formam o núcleo atômico. E, como possuem massa bastante parecida, perfazem 99,9% de toda a massa do átomo. Possuem carga elétrica nula (resultante das sub-partículas que os compõem), e são dispostos estrategicamente no núcleo de modo a estabilizá-lo: uma vez que dois prótons repelem-se mutuamente, a adição de um nêutron (princípio da fissão nuclear) causa instabilidade elétrica e o átomo se rompe.
Os elétrons estão dispostos em 8 camadas que constituem a eletrosfera. Para cada camada, determinado número de subníveis (orbitais) são preenchidos. A mais externa é chamada camada de valência, sendo também a mais energética.
Fontes:
SARDELLA, Antônio. Curso de química: Química geral, São Paulo – SP: Editora Ática, 2002. 25ª Edição, 2ª impressão. 448 págs.
http://www.algosobre.com.br/fisica/atomo.html (acesso em 23/07/2010)
http://pt.wikipedia.org/wiki/Átomo (acesso em 23/07/2010)